terça-feira, 5 de abril de 2011

Descartáveis.

Outro dia, numa conversa com amigas, começamos a falar sobre os "amores" atuais, onde as maiores declarações possíveis são um álbum no orkut, um "namorando" no perfil e uma pulseirinha com o nome da (coitada) amada. Passamos a nos perguntar sobre até onde, até quando devemos engolir os amores descartáveis que nos enfiam goela abaixo. Ha quem acredite que o ditado "de grão em grão a galinha enche o papo" é de muita verdade e serve nesses casos, que catar pedacinhos de sentimentos de cada um, empurrar descompromisso na esperança que um dia vire amor é uma boa idéia, mas bem... Sinto informar, mas galinha eu não sou e não me contento com migalhas. Saídas casuais, divertidas, uma noite de sexo sem compromisso quando os dois sabem bem o que querem, tudo bem... Mas se for pra falar de amor, que seja de verdade e quando a procura em qualquer braço se torna doente, desesperada, é porque chegou a hora de você começar a repensar sua vida. Estou cansada dos amores de mentira, dos casais eternamente felizes com suas invasões de perfis no orkut do outro e depoimentos copiados da "Arrumamos Seu Orkut", "Seu Perfil da Moda" e "Deixe de Ser Capenga". Prefiro ser capenga, porém, verdadeira. Em tempos de banalização do amor, manda logo um "tomar no cu" que é mais prático.

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