quarta-feira, 8 de maio de 2013

00:00h

O relógio apita com a mesma força que meu corpo desaba sobre tuas recordações em cima da cama: os livros, as cartas, as camisetas da tua banda favorita e aquela fita que você mesma amarrou no meu pulso. Atordoada, me sento, pego o celular e te escrevo que sonhei tanta coisa pra esse minuto exato dessa data exata, mas não envio. É mais do que absurdo pensar que depois de tanto tempo - depois de tantos cortes - você continua viva, latente em mim. Dói, mas o chumbo dessas lágrimas que desabam sobre minhas coxas, esse arrancar de todos os meus órgãos e o desespero desenfreado que vez ou outra ainda toma conta de mim são passageiros. E repito pra mim mesma, ainda que aos prantos, que ninguém morre de amor, vai passar, vai passar, let it be.

00:10h , respiro fundo. Passou.

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